Testemunhando às nações há mais de 35 anos
Por Sabrina Souza
Mais do que uma vida dedicada a Missões, uma vida servindo a Deus. São mais de 35 anos resgatando almas para Cristo. Carlos Alberto e Lídia Sônia da Silva estão no Paraguai cumprindo o chamado que receberam antes mesmo de se conhecerem. O casal nos conta que o início da vida no campo missionário foi bem difícil. Porém o Senhor Jesus cuidou e amparou seus servos.
A primeira cidade onde os missionários começaram o trabalho foi em San Ignácio. Na época, a missionária Lídia estava grávida e sua filha mais velha estava sofrendo com as condições climáticas do local. Permaneceram ali por pouco tempo. Logo os missionários foram convidados para fazer a obra em uma nova cidade chamada Hernandárias, distrito do Paraguai. Ali, eles trabalharam com capacitação de líderes durante todo o período que estiveram na cidade.
Após oito anos em Hernandárias, o casal ainda esteve em Assunção, capital do Paraguai. “A Associação do Alto Paraná nos convidou para voltarmos para a mesma igreja de Hernandárias, não somente para pastorear, mas para trabalharmos com todas as igrejas da região que passavam por necessidades e estavam sem pastor. Neste tempo, fundamos mais uma igreja e trabalhamos com mais cinco. Foi um tempo muito bom, muito produtivo”, contou o missionário. Atualmente o casal está na cidade de Luque.
A missionária Lídia se tornou a coordenadora do PEPE (programa socioeducativo) na América Latina. Ela nos conta que foi convidada a participar de um curso em São Paulo para conhecer mais sobre o projeto. “Quando fiz o curso, vi que era exatamente o que estávamos procurando. Projeto sob medida para o local e para mim também, pois além de teóloga, sou pedagoga”, contou Lídia.
Apesar de todo entusiasmo e dedicação da missionária, inicialmente foi bem difícil implantar o PEPE na região. A princípio a proposta foi de iniciar com duas unidades do PEPE, um deles na igreja.
“Fizemos convites no bairro, falamos das muitas vantagens para as crianças estudarem na nossa igreja, mas a desconfiança e oposição da igreja católica foi muito forte. Diziam que faríamos lavagem cerebral nas crianças. Começamos com um número pequeno de crianças e conseguimos concluir o primeiro ano”, disse a missionária.
Mesmo com todas as adversidades enfrentas no início da implantação do projeto, ela nos conta que o PEPE se expandiu para diversos países da América Latina. “São quase 80 unidades do PEPE e aproximadamente 1.500 crianças matriculadas. Cada criança representa uma família que estamos evangelizando durante um ano. É muito trabalho, precisamos de mais missionários capacitados para realizar essa parte”, relatou a missionária.
Com a experiência de mais de 35 anos servindo, o casal aconselha os novos missionários que estão se encaminhando para os campos: “É preciso ter certeza da chamada missionária, pois são muitos desafios. Por exemplo, a cultura, saudade dos amigos, parentes. Estar disposto a aceitar aquela outra cultura naquilo que é possível e que não seja contra os seus princípios. Vá preparado para o pior, o que vier que não for tão ruim, será lucro. Passamos por momentos difíceis, mas nunca nos faltou nada. Deus sempre supriu nossas necessidades, Ele é fiel”, declarou o casal.